quinta-feira, 18 de julho de 2013

a festa da aldeia

15 de agosto vulgarmente significa calor, pode não ser muito é verdade, mas calor do bom, e comer debaixo da ramada. e era mesmo isto que nós tínhamos na festa da aldeia da minha mãe. significava também vestir roupa nova. era o momento que a minha avô juntava maior parte dos filhos e dos netos todos na mesma mesa, farta de comida e de gente, bem disposta, uns mais conversadores do que outros, aliás como em qualquer família. a festa da aldeia não tinha nada de atractivo a não ser a prossição, o momento religioso mais aguardado, de resto o que era mesmo giro era andarem todos a atirar camarinhas uns aos outros, em especial os moços ás moças casadoiras. à noite a rua enchia-se de gente a andar rua abaixo, rua acima, a olhar para tudo e para nada. o ponto alto agora era o palco montado em frente à igreja para receber os artistas vindos de fora, tenho ideia de lá terem chegado a actuar os GNR, mas de quem eu me recordo e nunca mais me esqueci, foi do António Variações, que na realidade não chegou a comparecer e ter acabado por falecer tempos mais tarde, lembro-me da curiosidade de todos na aldeia para verem o António, até os meus pais falavam no assunto, sendo que nunca foram muito dados a espectáculos e muito menos a nos levar para o meio das confusões e multidões, coisa que eu não compreendia muito até ter o meu primeiro filho e passar a compreender tudo com clareza e sem grandes explicações.

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